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Mercado Cambial em Alerta! Dólar Se Fortalece no Brasil Apesar da Queda Internacional
Resumo:O dólar comercial abriu esta segunda-feira (22/09) em alta frente ao real, contrariando a tendência internacional de queda da moeda norte-americana. Às 9h06, a divisa subia 0,35%, cotada a R$ 5,340 na venda. No mercado futuro da B3, o dólar para outubro também registrava valorização, a R$ 5,354

Publicado em 22 de setembro de 2025
Cotação do Dólar Hoje
O dólar comercial abriu esta segunda-feira (22/09) em alta frente ao real, contrariando a tendência internacional de queda da moeda norte-americana. Às 9h06, a divisa subia 0,35%, cotada a R$ 5,340 na venda. No mercado futuro da B3, o dólar para outubro também registrava valorização, a R$ 5,354.
O movimento reflete uma combinação de fatores internos e externos: enquanto lá fora o dólar perde força com o alívio no mercado global, no Brasil o câmbio é pressionado por incertezas políticas, fiscais e expectativas sobre juros.
Impacto das Declarações de Haddad
A participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento em São Paulo trouxe atenção adicional ao mercado. Haddad defendeu o arcabouço fiscal e sugeriu ajustes para cortar desperdícios, citando temas como supersalários e previdência dos militares.
O discurso manteve o dólar/real em território positivo, reforçando que, apesar da percepção de comprometimento fiscal, o mercado segue receoso quanto à capacidade de execução das medidas em meio à tensão política em Brasília.
Banco Central Atua no Mercado
O Banco Central (BC) anunciou para hoje um leilão de até 30 mil contratos de swap cambial tradicional, voltados à rolagem do vencimento de 1º de outubro.
Essas operações ajudam a prover liquidez ao mercado e, ao mesmo tempo, sinalizam a preocupação da autoridade monetária em evitar oscilações excessivas do câmbio.
Ainda assim, especialistas avaliam que a ação do BC tem efeito limitado diante da pressão estrutural que o real vem sofrendo desde 2024.
Selic e Expectativas Econômicas
A pesquisa Focus divulgada nesta manhã trouxe novas revisões: o mercado projeta que a Selic encerrará 2026 em 12,25%, abaixo da expectativa anterior de 12,38%. A taxa segue elevada em comparação a padrões internacionais, mas a tendência de queda gradual pressiona o real, já que reduz o diferencial de juros frente a outros países.
Essa mudança ocorre após 32 semanas em que a projeção estava travada em 12,50%, sinalizando que o mercado começa a acreditar em um ciclo mais longo de flexibilização monetária.
Cenário Internacional
No exterior, o dólar cai diante de uma agenda carregada de indicadores nos Estados Unidos:
- PIB do 2º trimestre (a ser divulgado na quinta-feira).
- Índice de preços PCE, medida preferida de inflação do Fed (sexta-feira).
- Discursos de dirigentes do Fed, BCE e BoE, que podem mexer nas expectativas sobre juros globais.
Esse contexto reduz a força do dólar em nível internacional, mas o real não consegue acompanhar esse alívio devido às fragilidades locais.
Resistências Técnicas no Câmbio
Analistas técnicos destacam que a região de R$ 5,40 se tornou uma resistência importante, já que por dois meses impediu quedas mais fortes do dólar. Se o câmbio ultrapassar esse nível, pode abrir espaço para uma escalada até R$ 5,60.
Por outro lado, suportes estão em R$ 5,30 e R$ 5,20. Um rompimento abaixo destes patamares dependerá de notícias positivas tanto no cenário fiscal doméstico quanto no ambiente global.
Inflação e Custos ao Consumidor
O dólar mais alto tem impacto direto na vida do brasileiro. A valorização da moeda americana encarece produtos importados e insumos, pressionando a inflação.
Itens como gasolina, trigo, café e eletrônicos tendem a registrar aumentos. Isso afeta desde o custo de produção até os preços finais no varejo, mantendo o IPCA em trajetória de alta.
Segundo especialistas, a inflação importada seguirá como um dos principais riscos para a economia brasileira em 2025.
Histórico e Projeções
O dólar atingiu em dezembro de 2024 o recorde de R$ 6,26, após falas de Haddad sobre isenção do IR para salários até R$ 5 mil. Desde então, o câmbio recuou, mas permanece em patamares historicamente elevados.
Para 2025, o consenso de mercado é que o dólar se estabilize entre R$ 5,50 e R$ 5,80, segundo a Focus. Essa faixa representa um nível ainda elevado, mas com viés de ligeira queda nominal em relação ao ano anterior.
Impactos Para o Brasil
O dólar valorizado tem implicações relevantes para a economia brasileira:
- Exportadores ganham competitividade, já que seus produtos ficam mais baratos no exterior.
- Importadores perdem, pois insumos e bens importados se tornam mais caros.
- Viagens internacionais encarecem, reduzindo o poder de compra do brasileiro fora do país.
- Inflação tende a subir, pressionando o BC e complicando a política monetária.
Conclusão: O Que Esperar do Dólar
O comportamento do dólar nesta segunda-feira mostra que o mercado brasileiro segue descolado do cenário internacional, com a moeda norte-americana subindo contra o real mesmo enquanto cai frente a outras divisas.
O investidor de forex deve acompanhar de perto três fatores-chave nesta semana:
- Ata do Copom e sinais da política monetária brasileira.
- Dados de inflação (IPCA-15), que podem alterar expectativas para a Selic.
- Indicadores dos EUA (PIB e PCE), que devem guiar o rumo global do dólar.
O quadro geral é de cautela: o dólar segue pressionado no Brasil, e a região de R$ 5,40 deve ser monitorada como divisor de águas para os próximos movimentos.
Palavras-Chave
Dólar hoje, cotação do dólar, dólar em alta, dólar comercial, dólar turismo, dólar/real, Selic, Banco Central, Focus, inflação, IPCA-15, Copom, PIB dos EUA, PCE, câmbio Brasil, forex Brasil, mercado de moedas, resistência dólar, projeções dólar 2025

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